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As brasas
As brasas
Márai, Sándor
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sinopse Em seu castelo na Hungria, na região dos Cárpatos, um velho general do Império austro-húngaro é visitado por um homem de quem foi amigo inseparável na infância e na juventude. Não se veem desde 1899, há quarenta e um anos, quaddo um dia o amigo desapareceu inexplicavelmente. Na véspera desse dia, quando caçavam juntos no lusco-fusco da madrugada, o general teve a impressão de que o amigo levantara a espingarda para cometer um ato irreparável. Pode ter sido verdade, pode não ter passado de alucinação, mas algo de muito grave aconteceu. É esse enigma que agora, já no fim da vida, os dois velhos vão decifrar durante um jantar de gala no castelo de Henrik. Entre eles move-se o fantasma de uma mulher, Krisztina. Por ela o general e o ex-amigo travarão um duelo sem espadas até o raiar do dia. O confronto, que se inicia como um civilizado jogo [...]de esgrima, com floreios e leves estocadas de parte a parte, logo se torna uma luta árdua. Os duelistas só dispõem de uma arma: as palavras. Com elas abrirão feridas tão dolorosas como as brasas que parecem extintas na lareira. As brasas não é só um belo romance sobre a amizade, a paixão amorosa e a honra, também uma representação impecável da vida da aristocracia no Império austro-húngaro. Foi publicado na Hungria em 1942, nos anos conturbados da Segunda Guerra, quando Sándor Márai dizia só enxergar “desejos de vingança”. Daí o tom suavemente nostálgico dessa profissão de fé num mundo em que a felicidade dos relacionamentos interpessoais dependia estreitamente da inflexibilidade ética. O húngaro Sándor Márai nasceu em 1900, em Kassa (hoje Kosice, na Eslováquia). Poeta, dramaturgo, correspondente em Paris do Frankfurt Zeitung na época da República de Weimar, é autor de quarenta e seis livros, na maioria romances, que tiveram enorme sucesso na Hungria entre as duas guerras mundiais. Exilou-se em 1948, inconformado com o regime comunista de seu país. Morou na Suíça, na Itália e na França. Em 1979, fixou-se em San Diego, nos Estados Unidos, onde se suicidou com um tiro de revólver dez anos depois, às vésperas do fim do comunismo no Leste europeu. As brasas, sua primeira obra lançada no Brasil, permaneceu censurado na Hungria do pós-guerra até 1990, ano em que Marai foi redescoberto em seu país.
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