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Ociosos e Sedicionários: Populações indígenas e os tempos do trabalho nos Campos de Piratininga (Século XVII)
Ociosos e Sedicionários: Populações indígenas e os tempos do trabalho nos Campos de Piratininga (Século XVII)
Gustavo Velloso
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Os europeus encontraram no sul do continente americano um número considerável de grupos nativos que, a despeito da sua diversidade, compartilhavam semelhantes padrões de assentamento e expectativas relacionadas ao trabalho produtivo, envolvendo os ideais de “esforço conveniente” (na ausência de mercado e trabalho especializado) e “recomeço” – ambas sintetizadas na narrativa tupi-guarani sobre uma terra onde a obtenção de alimentos prescindiria do trabalho humano: yvy marane’ ỹ. Progressivamente, as expectativas daqueles índios foram sendo inviabilizadas pelo estranhamento decorrente de sua incorporação numa complexa estrutura de produção de excedentes de cujos controle, sentido e ritmos de trabalho eles se encontravam, grosso modo, alienados. Tentativas de restabelecimento da situação anterior estavam na origem de suas reações violentas, bem como nas fugas individuais e coletivas que realizaram em momentos cruciais da história colonial paulista.
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