Do reconhecimento ao corpo: diálogos entre Sartre, Hegel e Honneth

Com prefácio do prof. dr. Luciano Donizetti da Silva da UFJF, sinopse do prof. dr. Malcom Guimarães Rodrigues da UEFS e texto de orelha do prof. dr. Vinícius dos Santos da UFBA, o livro "Do reconhecimento ao corpo: diálogos entre Sartre, Hegel e Honneth" brinda o leitor com, pelo menos, três momentos importantes da tensão entre corporeidade e reconhecimento na filosofia de J. P. Sartre. Em relação ao espectro hegeliano sobre a obra sartriana, uma abordagem crítica que luta para se manter a distância de posições polarizadas. Em relação à crítica de Axel Honneth ao problema do reconhecimento na filosofia de Sartre, um exame condensado e pontual que procura desatar o nó conceitual em que tal crítica se sustenta. Por fim, uma breve análise das formas de relações com o outro, com a sociedade e com a história, tendo como pano de fundo a tensão sartriana entre corpo e reconhecimento, enfrentada com originalidade e franqueza por Marcelo Barros. Assim, nem sempre devidamente creditado, Jean-Paul Sartre foi um dos primeiros filósofos do século XX a enfatizar os processos de reconhecimento da diferença como elemento primordial na construção da individualidade. Mais do que isso, deve-se também ao pensador francês o pioneirismo filosófico na identificação do corpo como locus de construção de subjetividade e interação com o mundo no qual aquele processo é sedimentado. Resgatando essa dívida a partir de uma corajosa interlocução com autores clássicos, como Hegel, e contemporâneos, como Axel Honneth, em texto cuja notável fluidez e didatismo não cedem espaço à falta de rigor conceitual, o livro de Marcelo Barros convoca-nos a incluir definitivamente a filosofia de Sartre no repertório teórico indispensável para enfrentar a urgente questão do Outro.